ChatGPT em Bibliotecas: O que a Ciência está falando sobre?
Talvez você esteja bastante animado(a) com o ChatGPT, ou talvez você já esteja cansado(a) de tanto ouvir falar sobre.
Gostando ou não, nos próximos tempos seremos cada vez mais impactados pelos avanços dessa e outras tecnologias similares, de inteligência artificial.
A cada dia surgem mais informações e as bibliotecas não ficam fora dessa discussão, mesmo ainda sendo um tema recente.
Como a Ciência está discutindo os impactos do ChatGPT em Bibliotecas?
Li recentemente dois artigos:
- Artificial intelligence chatbots in academic libraries: the rise of ChatGPT
- ChatGPT and Librarians for Reference Consultations
e no texto de hoje, irei compartilhar minhas percepções sobre.
Bora lá?!

Sumário
Chatbots de inteligência artificial em bibliotecas acadêmicas
Chatbots de inteligência artificial em bibliotecas acadêmicas
Usar Chatbots em bibliotecas não é uma novidade. Desde o início dos anos 2000 são testados diversos mecanismos, porém a novidade agora é com a implementação da tecnologia desenvolvida pela OpenAI.
O artigo trouxe algumas possibilidades para a aplicação do ChatGPT, como: auxiliar no serviço de referência, no desenvolvimento de coleções e na catalogação; entretanto não trouxe como poderia ser aplicado especificamente, apenas ilustrando o “poder” da ferramenta.
A dedução lógica, para quem já vem utilizando a ferramenta, é da customização e integração da sua API para aprimorar e criar novos serviços informacionais.
Não apenas prós, o artigo também trouxe os possíveis contras que a ferramenta poderá gerar, como: respostas imprecisas/incorretas, consultas mal compreendidas e potencial perda de empregos em bibliotecas.
Sem dúvidas, o trabalho em nossa sociedade irá se transformar, como vem sendo transformado há séculos com as diversas revoluções industriais, porém a possibilidade de perda de emprego é um processo mais lento e sempre haverá outras funções (ainda mais complexas) para se atuar.
Não há tecnologia que substitua o trabalho da Biblioteconomia
De qualquer forma, vale a pena a leitura:
“O ChatGPT tem o potencial de beneficiar consideravelmente as bibliotecas acadêmicas ao auxiliar na automação e simplificação de algumas operações, permitindo que os funcionários se concentrem em trabalhos mais complicados e de alto valor. No entanto, as bibliotecas devem avaliar cuidadosamente os possíveis riscos e tomar medidas proativas para limitar o negativo, desenvolvendo padrões claros sobre o uso permitido e inaceitável de tais tecnologias.”
O artigo foi publicado no Library Hi Tech News (fica a dica de periódico para acompanhar tendências de tecnologias em bibliotecas), fez um levantamento sobre informações a respeito do tema, porém vale ressaltar que é um artigo praticamente editorial e não trouxe informações mais técnicas e específicas, dando margens para novas interpretações.
Consultas ao ChatGPT X Bibliotecários de referência
Por falar em substituições e perda de empregos, esse outro artigo, publicado em maio de 2023, buscou explorar as perspectivas de alunos ao consultarem o ChatGPT em comparação a Bibliotecários de referência.
Selecionaram um grupo de 54 alunos de graduação que usaram o ChatGPT e que participaram do programa de educação de usuários da biblioteca da Adeleke University, na Nigéria.
Fizeram uma pesquisa e destacaram as vantagens do ChatGPT, como:
- conveniência;
- facilidade de uso;
- extensa base de conhecimento.
Assim como as desvantagens:
- incapacidade de compreender emoções;
- limitações em responder perguntas complexas;
- possibilidade de fornecer respostas incorretas;
- risco de obter informações desatualizadas.
A “sensibilidade humana”, ainda é um ponto forte que o serviço de referência tem.
“(…) impressionantes 87% dos alunos no estudo indicaram que ainda pretendem buscar assistência de referência no futuro, sugerindo que o ChatGPT servirá como uma tecnologia complementar ao importante trabalho que os bibliotecários já estão fazendo. (…) Essa descoberta ressalta a importância contínua de bibliotecários e serviços de referência no cenário acadêmico, mesmo com a evolução e expansão da tecnologia.”
O estudo deixou claro, que fizeram um pequeno recorte (tanto de quantidade de alunos, quanto de uma única universidade) e que o cenário poderia modificar em contextos de outras universidades.
Também deixou algumas implicações práticas de customizações exclusivas do ChatGPT para as necessidades das bibliotecas, quanto para o incentivo ao aprimoramento das habilidades interpessoais das pessoas bibliotecárias, principalmente em inteligência emocional, para poder responder às melhores necessidades dos usuários.
Considerações finais
Ainda há pouca literatura sobre o tema, devido ele ser tão recente, mas já vemos um indício de duas principais necessidades:
- Customizações de novas tecnologias para comunidades específicas.
- Maior aprimoramento das pessoas em habilidades interpessoais.
À medida que o campo da IA generativa continua a evoluir, é crucial abordar essas necessidades para garantir que a tecnologia beneficie a todos.
Bom, vamos continuar acompanhando para entender como os fatos irão se encaminhar.
Retornando para nossa realidade, se você tem interesse em saber como aplicar Inteligência Artificial generativa (como o ChatGPT) no seu dia-a-dia, tenho um convite para você:
Dos dias 19 a 23 de junho, vai rolar a Imersão IA da Alura, um evento totalmente GRATUITO, para todas as pessoas que têm interesse em explorar as ferramentas de IA e aplicá-las no dia-a-dia de trabalho.
Você poderá aprender colocando a “mão na massa” e desenvolvendo projetos práticos.

Se inscreva nesse link:
Agora me diga:
O que você pensa a respeito do uso de ChatGPT e outras Inteligências Artificiais generativas no dia-a-dia das bibliotecas?
Deixe nos comentários e vamos compartilhar conhecimento.
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Ainda há muito a se explorar…